terça-feira, 26 de agosto de 2014

Um pedido de socorro para o bosque

Personagens: Marina, Mãe, Joaninha, Sapo, Periquito, Lobo, Bicho1, Bicho2, Bicho3, Rosa
Autoria de Alessandra Mourão
Marina entra feliz, observando o lindo dia que está fazendo.
Marina – De repente me deu uma vontade de dar uma volta no bosque. Vou pedir para a mamãe. Mamãe! Mamãe!
Mãe – O que foi minha filha?
Marina – Mãe, vamos passear lá no bosque?
Mãe – Eu acho que não é uma boa ideia. Ontem eu passei por lá e estava tudo feio, as flores mortas, o rio sujo.
Marina – Mas logo agora que vai começar a Primavera!?
Mãe – É uma pena, mas as pessoas não estão respeitando a Natureza.
Marina – Eu queria tanto que as flores ficassem bonitas de novo. Como eu faço, mamãe?
Mãe – Minha filha, agora eu tenho que limpar a casa, não posso conversar. Por que você não procura a Linda Rosa Juvenil? Ela é muito bondosa e pode lhe explicar tudo.
Mãe sai de cena.
Marina – Isso mesmo! Eu vou procurar a Linda Rosa Juvenil, ela deve saber o que fazer para deixar o bosque florido de novo! Mas onde será que ela mora? Vou procurar!
Ela chega ao bosque, onde as plantas estão secas, mortas e começa a caminhar cantando: “Alecrim Dourado”. Entra a joaninha.
Marina – Quem é você?
Joaninha – Eu sou a Joaninha. Você não me conhece?
Marina – Eu estou muito triste Dona Joaninha. A Primavera vai chegar e as flores estão todas murchas.
Joaninha – É, você tem razão. Não tem mais nenhuma flor para eu ficar deitadinha.
Marina – Flores são tão bonitas, enfeitam, deixam o mundo mais belo!
Joaninha – Eu acho que assim o nosso bosque vai acabar.
(Joaninha abaixa a cabeça e começa a chorar).
Marina – Eu não vou deixar que isso aconteça! Vou procurar a Linda Rosa Juvenil e ela vai me ajudar.
Joaninha – Boa sorte pra você, então. Agora eu preciso ir.
Ela sai e a Marina continua o seu caminho cantando. Entra o sapo. Toca a música “Sapo Cururu”.
Marina – Oi Sapo Cururu!
Sapo – Oi, onde você vai?
Marina – Vou na casa da Linda Rosa Juvenil. Você sabe onde ela mora?
Sapo – Dizem que é lá no final do bosque...
Marina – Quer ir comigo sapinho?
Sapo – Eu não posso, tenho que limpar o rio que está todo sujo. Veja o que encontrei!
(Pega um saco cheio de lixo e derruba no chão).
Marina – Que sujeira! Quem fez isso?
Sapo – Foram as pessoas que vieram acampar aqui no fim de semana. Eu nem posso tomar mais o meu banho!
Marina – As pessoas estão acabando com o bosque! Destruindo a natureza.
Sapo – É verdade! Assim os bichos também vão morrer.
Marina – Eu não vou deixar isso acontecer!
Sapo – Obrigado, toda ajuda é bem vinda. Adeus!
Marina – Adeus Sapo Cururu!
Marina continua o seu caminho e encontra o periquito. Toca a música “Periquito Maracanã”. Após a música, ele foge assustado e a menina vai atrás dele.
Periquito – Socorro! Socorro!
Marina – O que foi?
Periquito – Socorro! Socorro!
Até que ele para, ofegante.
Marina – O que houve Periquito?
Periquito – Estão destruindo as árvores, eu não vou ter mais casa!
Marina – Quem está fazendo isso?
Periquito – O homem, o homem.
Marina – O homem não sabe que a mão que destroi, também serve pra plantar?
Periquito – Se cada árvore que ele derrubasse, plantasse duas, as florestas não estariam acabando e eu tinha a minha casa.
Marina – Você sabia que existe o dia da árvore? É no dia 21 de setembro.
Periquito – É mesmo, vamos convidar nossos amigos para cantar “Parabéns” para todas as árvores?
Marina - Crianças, vamos cantar parabéns para as árvores!?
Todos cantam “Parabéns pra você”, em seguida o periquito se despede e sai. Marina continua seu caminho e encontra um lobo muito astuto. Enquanto ele conversa, cheira a Marina, a rodeia, cheio de más intenções.
Lobo – O que você faz por aqui, linda criança?
Marina – Eu, eu, eu estou procurando a Linda Rosa Juvenil. Você sabe onde ela mora?
Lobo – Talvez sim, talvez não.
Marina – E você pode me ajudar a chegar até lá?
Lobo – Talvez sim, talvez não.
Marina – É que a Primavera vai chegar e as flores estão muito murchas, sem vida.
Lobo – Eu adoro pisar nas flores, destruir tudo!
Marina – Mas você não pode fazer isso! Não pode destruir a natureza!
Lobo – É o que eu mais gosto de fazer. Eu pisei em todas as flores que estavam no canteiro, quase que eu piso na Dona Joaninha também. Eu joguei latas de refrigerante lá no rio e o sapo ficou preso dentro de uma delas. Ahahahaha! Eu mostrei para os lenhadores onde era a árvore que o Periquito Maracanã morava e ele a colocou abaixo! Madeeeiiiraaa!
Marina – Mas você é muito malvado! A natureza é uma coisa maravilhosa! As árvores nos dão flores, frutas, sombra e o ar que respiramos.
Lobo – O ar que respiramos?
Marina – Sim, esse ar puro que nós respiramos, vem das árvores.
Lobo – Eu não sabia.
Marina - E você sente sede, Lobo?
Lobo – Claro que sim! Eu bebo água lá do rio, é geladinha!
Marina – Se você jogar sujeira lá, não vai ter mais água limpa para beber.
Lobo – Eu não havia pensado nisso.
Marina – Você também é da Natureza Seu Lobo.
Lobo – Eu?
Marina – Sim, todos os animais. E se destruirmos as florestas, as plantas e as árvores, os animais vão morrer.
Lobo – Você tem certeza disso?
Marina – Claro! Vou chamar alguns animais para te provar como é verdade. Amigos animais! Amigos Animais!
Aparecem diversos animais de fantoches.
Marina – Amigos, contem para o Lobo como é verdade que tem uns bichos que já não existem mais.
Bicho 1 – Sim, alguns animais já foram extintos.
Lobo – Extintos? O que é isso?
Bicho 2 – O homem destruiu a natureza e eles não tiveram onde viver.
Bicho 3 – Tem outras espécies que também estão em extinção, só existem poucos deles.
Lobo – Quer dizer que se eu destruir a natureza, não vou ter mais onde morar?
Todos - Sim!
(Fantoches saem)
Lobo – Eu prometo que vou cuidar direitinho da natureza, e para provar isso, vou te ensinar onde mora a Linda Rosa Juvenil.
Marina – Que legal! Onde é?
Lobo – Bem, você vai por esse caminho, dobra a direita e depois a esquerda.
Marina – Obrigado, você me ajudou muito. Tchau!
Lobo – Tchau.
Marina continua o seu caminho e chega perto da casa da Linda Rosa.
Marina – Acho que é aquela casa que ela mora. Estou ouvindo um barulho.
A Linda Rosa está regando as suas plantas. Entram algumas crianças, fazem uma roda, cantando “A linda rosa juvenil”. Após a música, a menina se aproxima para falar com a Rosa.
Marina – Você que é a Linda Rosa Juvenil?
Rosa – Sim, sou eu. O que você deseja?
Marina – Ah, Dona Rosa, eu queria a sua ajuda porque o bosque está muito feio, as flores secas, tudo sujo. A primavera está chegando e eu queria que tudo ficasse florido. O que eu faço?
Rosa – Isso é muito fácil. Tudo depende de nós.
Marina – Como assim?
Rosa – Nós devemos respeitar a natureza, cuidar das plantas, não jogar lixo nos rios, nos jardins, também não podemos maltratar os animais.
Marina – E como eu faço para as flores do bosque renascerem?
Rosa – Escute o seu coração, escute o seu coração!
Marina – Obrigado, adeus linda rosa.
Rosa – Adeus!
Marina sai pensativa e repetindo “escute o seu coração”. De repente tem um estalo. Marina – Já sei! O meu coração diz que eu posso fazer muito. Nós somos responsáveis pela natureza! Vou cuidar das plantas com carinho, regar, dá amor. É isso!
Ela cuida das plantas, rega, e elas começam a se transformar em flores lindas.
Marina – Todos nós podemos fazer a nossa parte. A natureza precisa de ajuda. Até que enfim vamos poder comemorar a chegada da Primavera com tudo florido!
Entram todos os personagens e cantam alegres a música final com o tema “Primavera”.