terça-feira, 24 de janeiro de 2012
A bruxinha que era boa e o fantasminha Pluft
Fiz uma adaptação, juntando duas peças da grande Maria Clara Machado: A bruxinha que era boa e O fantasminha Pluft. Está bem resumido, pois é para ser feito em escolas e não por atores que já dominam todas as técnicas teatrais. Muitas vezes, o menos é mais.
Em alguns momentos não escrevo diálogos, para que os alunos possam exercer a improvisação e a espontaneidade. O texto pode ser modificado de acordo com a faixa etária do grupo, quanto mais velha a criança, maior pode ser o texto.
Ah, eu sou a Bruxa-Chefe, à esquerda da foto, de nariz postiço.
A Bruxinha que era boa e o Fantasminha Pluft
Personagens: Bruxa-Chefe, Caolha, Fredegunda, Fedelha, Fedorosa, Ângela, Pluft, Mãe do Pluft, Maribel, Perna de Pau.
CENA 1
As bruxas voam em suas vassouras, em fila, ao apito da instrutora, viram-se e começam a seguir para o outro lado, ao apito, voltam-se novamente. Até que a Bruxa-Chefe diz:
Bruxa-Chefe - Aos seus lugares! (Elas posicionam-se uma ao lado da outra.) Bruxinha Ângela, você é um fracasso! Não tem jeito! Não sabe nem voar direito. Vamos praticar agora gargalhadas de bruxa.
(A instrutora apita e todas gargalham, menos Ângela, que sorri.)
Bruxa-Chefe - Uma de cada vez agora. (Gargalhadas.) Bruxinha Ângela, você está muito mal, deste jeito irá para a Torre de Piche. Você quer ir para lá?
Ângela - Não! Claro que não!
Bruxa-Chefe - Então trate de aprender bruxarias direitinho.
Ângela – É que eu não gosto muito de fazer bruxarias.
Bruxa-Chefe - Que vergonha! O que você gosta de fazer, afinal?
Ângela - Eu gosto de passear de vassoura!
(Dá voltas na sua vassoura elegantemente.)
Bruxa-Chefe - Isso são maneiras de se comportar numa vassoura? Bruxa Caolha mostre como se faz.
(Caolha dá uma volta, gargalhando bem alto.)
Bruxa-Chefe - Viu como é!? Acho bom você treinar porque amanhã será o grande concurso de bruxas, a vencedora ganhará uma vassoura a jato.
(Todas vibram.)
Bruxa-Chefe - Agora eu quero que vocês treinem suas feitiçarias por aí. Até amanhã no concurso.
(Elas saem rindo e em seguida sai a Bruxa-Chefe.)
CENA 2
Pluft, pensativo, olha pela janela de sua casa e comenta com sua mãe, que trabalha nas tarefas domésticas.
Pluft – Mãe, gente existe?
Mãe - Claro, meu filho. Que pergunta!
Pluft - Ah! Eu tenho tanto medo de gente...
Mãe - Bobagem, Pluft.
Pluft - Ontem eu vi gente. Eles eram 3 e passavam lá embaixo. Eu fiquei com medo, mamãe.
Mãe - Deixa de ser bobo! Gente é que tem que ter medo de fantasma! Onde já se viu uma coisa dessas!
Pluft - Vem alguém ai. Vamos nos esconder.
(Eles se escondem e entra Perna de pau com Maribel.)
Perna de pau - Hum, acho que foi aqui mesmo que o Capitão Bonança escondeu o tesouro. Agora que seu avô morreu, eu vou encontrar esse baú. Venha, menina Maribel, entre. Vou buscar uma lanterna e já volto. (Sai de cena.)
Maribel - Socorro! Socorro! E agora? Quem vai me salvar?
Pluft, que olhava tudo de longe, se aproxima, a menina o vê e desmaia. Ele a observa e cada vez que ela se mexe, leva um susto e se afasta. Ela acorda e os dois se olham assustados e se apresentam.
Pluft - Quem é você? Você é gente?
Maribel - Sou a Maribel. Sim, sou gente e você é fantasma?
Pluft - Sou, meu nome é Pluft. Engraçado, de você eu não tenho medo.
Maribel - Nem eu de você.
Pluft – O que faz aqui?
Ela conta tudo o que está acontecendo para ele. Eles escutam Perna de Pau voltando. Pluft se esconde.
Perna de Pau - Voltei, não achei nenhuma lanterna, mas achei essa vela.
Ele acende a vela e Pluft apaga, ele reclama, diz que é o vento e a situação repete várias vezes.
Perna de Pau - Eu hein, acho que essa casa é mal assombrada. Não quero mais saber do tesouro. Vou embora daqui. (Foge assustado.)
Maribel – (Para Pluft) Eu preciso achar os marinheiros do barco do meu avô, o Capitão Bonança. Eles podem me ajudar a encontrar o tesouro.
Pluft - Ontem eu vi 3 pessoas passando por aqui, tinham roupas de marinheiro, devem ser eles, aqui não vem ninguém, nunca.
Maribel - Então eu vou procurar. Você me ajuda?
Pluft - Ajudo.
(Os dois saem de cena.)
CENA 3
Entram as bruxas voando e se posicionam uma ao lado da outra.
Bruxa-Chefe - Chegou o grande dia do concurso de bruxarias. A vencedora ganhará uma vassoura a jato.
(Todas vibram.)
Bruxa-Chefe - Vamos começar. Primeiro você, Fredegunda. Qual é o ingrediente mais importante do feitiço para fazer dormir?
Fredegunda – Asas de morcego!
Bruxa-Chefe - Isso! Que maravilha! Agora a Bruxa Caolha. Para que serve rabo de lagartixa e bigode de rato?
Caolha – Para fazer fumaça, muita fumaça.
Bruxa-Chefe - Ótimo! Vocês andaram estudando direitinho. Agora é a vez da Fedelha. O que não pode faltar na composição do pó mágico?
Fedelha – Ah, essa é fácil! Pimenta ardida.
Bruxa-Chefe – Brilhante! Todas estão indo bem. Fedorosa é a sua vez. Qual é o feitiço que faz nascer uma enorme verruga?
Fedorosa – Deixa eu ver, deixa eu ver... É... só mais um pouco... Feitiço de lacraia do mato.
Bruxa-Chefe - Magnífico. Vocês são ótimas! Agora a Bruxinha Ângela.
Bruxa-Chefe - Qual é o ingrediente, que se misturado a outros dois, faz uma explosão?
Ângela – Água de rosas.
Bruxa-Chefe - Não é nada disso! Ai, ai Bruxinha Ângela... Você é muito boazinha. Não tem jeito! Não aprende mesmo! Acho que vai ficar uns dias na Torre de Piche para ver se aprende a ser malvada.
Ela chora e é levada à força para a torre. Todas as Bruxas saem.
CENA 4
Pluft entra, perdido, chamando por Maribel, quando escuta o choro da Bruxinha.
Pluft - Quem está chorando?
Ângela - Sou eu! Aqui na torre.
Pluft - Uma bruxinha... Por que você está presa ai?
Ela explica toda a história e ele explica a sua.
Pluft - Eu vou te tirar daí, Bruxinha.
Ângela - Não! As bruxas vão voltar e me prender de novo!
Pluft - O que vamos fazer?
Ângela - Você me ajuda a dar um jeito nas bruxas e eu te ajudo a encontrar a Maribel.
Pluft - Combinado.
Ângela - Você precisa encontrar uma flauta e tocar. As bruxas ficam paralisadas com música de flauta.
Pluft – Vou procurar uma. Já volto.
(Ele sai e volta com uma flauta.)
Pluft - Pronto.
Ângela - Estou ouvindo gargalhadas! São elas! Vamos nos esconder.
Entram as bruxas voando em suas vassouras e gargalhando. Pluft começa a tocar a flauta e elas vão andando devagar, mais devagar, até virarem estátuas. Pluft solta a Bruxinha Ângela, eles pegam cada um uma vassoura e voam ao redor das bruxas paralisadas.
Entra Maribel trazendo o tesouro do Capitão Bonança. Eles comemoram, colocam as bruxas trancadas na Torre de Pixe e dão as mãos, felizes.
Adaptação – Alessandra Mourão
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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Expressão corporal e Sonoplastia
Atendendo a pedidos, posto aqui a história que contei no 4º Encontro Nacional de Educadores, realizado dia 13/01/2012, no Hotel Mirador, Copacabana, Rio de Janeiro.
Primeiramente o professor divide a turma em dois grupos. O primeiro grupo ficará responsável pela sonoplastia, usando o próprio corpo para produzir os sons. O segundo, fará os movimentos corporais de acordo com a história.
O professor pode pedir, ainda, que os alunos criem as suas próprias histórias, contando-as para todos. Deve haver um revezamento, de modo que os alunos passem pelas duas etapas. Então, eis a história...
Uma criança acordou com o despertador tocando. Levantou-se e logo ouviu os pássaros cantando no jardim. Foi até o banheiro, abriu a torneira, lavou o rosto, escovou os dentes e desceu a escada correndo.
O telefone começou a tocar. Era a mamãe pedindo para cuidar do bebê. Ele parecia que estava adivinhando, pois começou a chorar. A criança pegou seu irmãozinho com carinho, mas ele não parava de chorar. Chorava, chorava, cada vez mais alto. Finalmente o choro foi diminuindo e o bebê dormiu, sendo colocado com cuidado no carrinho.
A criança, então, abriu as janelas da sala. Na sua rua, que era uma subida, passava um caminhão vagarosamente. Do outro lado da calçada ela avistou a sua amiga, mas ela olhava em outra direção. A criança assoviou e, finalmente, a amiga acenou.
De volta à sala, ela sentou-se no sofá, relaxou, porém um barulho de um trovão a assustou. Começou um temporal. Raios e trovões eram ouvidos. A criança estava nervosa, andava de um lado para o outro, a tempestade aumentava. As janelas e portas batiam, a chuva fazia um grande barulho e ela estava com medo, muito medo. Aos poucos a chuva foi passando, passando e parou de vez. Ela sentiu-se aliviada.
Seu gatinho chegou na sala e começou a miar. A criança colocou ração para ele, fez um carinho e subiu para o seu quarto. Abriu a porta que o vento havia batido, deitou-se na sua cama. Pouco a pouco os pássaros voltavam a cantar.
Ela foi relaxando, relaxando, seus olhos foram ficando pesados e ela adormeceu.
Saiba com foi o 4º Encontro Nacional de Educadores no site:
http://www.enedu2012.com/fotos.html
Primeiramente o professor divide a turma em dois grupos. O primeiro grupo ficará responsável pela sonoplastia, usando o próprio corpo para produzir os sons. O segundo, fará os movimentos corporais de acordo com a história.
O professor pode pedir, ainda, que os alunos criem as suas próprias histórias, contando-as para todos. Deve haver um revezamento, de modo que os alunos passem pelas duas etapas. Então, eis a história...
Uma criança acordou com o despertador tocando. Levantou-se e logo ouviu os pássaros cantando no jardim. Foi até o banheiro, abriu a torneira, lavou o rosto, escovou os dentes e desceu a escada correndo.
O telefone começou a tocar. Era a mamãe pedindo para cuidar do bebê. Ele parecia que estava adivinhando, pois começou a chorar. A criança pegou seu irmãozinho com carinho, mas ele não parava de chorar. Chorava, chorava, cada vez mais alto. Finalmente o choro foi diminuindo e o bebê dormiu, sendo colocado com cuidado no carrinho.
A criança, então, abriu as janelas da sala. Na sua rua, que era uma subida, passava um caminhão vagarosamente. Do outro lado da calçada ela avistou a sua amiga, mas ela olhava em outra direção. A criança assoviou e, finalmente, a amiga acenou.
De volta à sala, ela sentou-se no sofá, relaxou, porém um barulho de um trovão a assustou. Começou um temporal. Raios e trovões eram ouvidos. A criança estava nervosa, andava de um lado para o outro, a tempestade aumentava. As janelas e portas batiam, a chuva fazia um grande barulho e ela estava com medo, muito medo. Aos poucos a chuva foi passando, passando e parou de vez. Ela sentiu-se aliviada.
Seu gatinho chegou na sala e começou a miar. A criança colocou ração para ele, fez um carinho e subiu para o seu quarto. Abriu a porta que o vento havia batido, deitou-se na sua cama. Pouco a pouco os pássaros voltavam a cantar.
Ela foi relaxando, relaxando, seus olhos foram ficando pesados e ela adormeceu.
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