domingo, 27 de outubro de 2013

Paulo Freire, o mestre da mudança

Numa sociedade em que não se dá o devido valor à educação, vide a greve dos professores que se arrastou por tanto tempo, creio que podemos dizer que é através dela que teremos a chave para a sociedade que queremos.
Um dos grandes representantes da educação brasileira é Paulo Freire, que com certeza, dispensa apresentações. Nesse mês de outubro em que tivemos o dia do professor (15) e o blog Criandartes completou 4 anos (17), deixo algumas frases desse sábio mestre, para refletirmos e mudarmos nossa prática. Muita coisa já foi feita, mas é preciso muito mais.
“Não basta saber ler que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho.”
“Continuo buscando, re-procurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar e anunciar a novidade”.
"Ensinar exige compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo."
"Sou professor a favor da esperança que me anima apesar de tudo. Sou professor contra o desengano que me consome e imobiliza. Sou professor a favor da boniteza de minha própria prática..."
"Quando entro em uma sala de aula devo estar sendo um ser aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas dos alunos, às suas inibições; um ser crítico e inquiridor, inquieto em face da tarefa que tenho - a de ensinar e não a de transferir conhecimento"
"A liberdade, que é uma conquista, e não uma doação, exige uma permanente busca. Busca permanente que só existe no ato responsável de quem a faz. Ninguém tem liberdade para ser livre: pelo contrário, luta por ela precisamente porque não a tem."
"Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino".
"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda."
"A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria."
"Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo."
"Se, na verdade, não estou no mundo para simplesmente a ele me adaptar, mas para transformá-lo; se não é possível mudá-lo sem um certo sonho ou projeto de mundo, devo usar toda possibilidade que tenha para não apenas falar de minha utopia, mas participar de práticas com ela coerentes."
"Não há saber mais ou saber menos: Há saberes diferentes." "Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo."
"Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou sua construção."

domingo, 1 de setembro de 2013

domingo, 11 de agosto de 2013

Desfile da Independência

Exército da Paz
* Soldados da Paz
Roupa de soldado (exército)
Além da bandeira do Brasil, estarão presentes bandeiras de vários países, mostrando que o exército da Paz não tem fronteiras e deve estar presente em todo o planeta.
* A pomba da Paz
Roupa branca, pomba na cabeça
A pomba e a cor branca representam a paz.
* Pelotão da alegria
O colorido representa além da natureza, a alegria das cores. A turma deve ser dividida em 3 grupos:
Grupo 1 - Crianças de roupa azul, com chapéu de peixe, sendo cada um de uma cor, representando o mar. O chapéu de peixe pode ser de espuma ou feito em cartolina de cores variadas. Elas podem segurar balões de gás azuis.
Grupo 2 - Crianças de roupa amarela (sol) com balões de gás amarelo.
Grupo 3 - Crianças de calça marrom e camiseta verde (floresta) com balões verdes. A camiseta pode estar com folhas de árvores, feitas de cartolina, presas nela.
* Pelotão da bondade
Representado por profissões que ajudam a salvar vidas, muitas delas arriscando a sua própria vida. O grupo de crianças deve ser dividido pelo número de profissões escolhidas. Podem levar um objeto relativo ao seu trabalho nas mãos.
Sugestões de profissões:
Médico – roupa azul com jaleco branco (maleta)
Bombeiro – roupa vermelha ou caqui (extintor)
Representante da cruz vermelha – calça e boné vermelhos, camiseta branca com a cruz na cor vermelha (bandeira da cruz vermelha)
Salva-vidas – bermuda, camiseta e boné vermelhos (binóculos)
Enfermeira – Roupa branca, chapéu branco com cruz vermelha
* Pelotão do amor
As crianças representam etnias e classes sociais diferentes, mostrando que o amor independente de qualquer coisa. Durante todo o desfile caminharão de mãos dadas. Num determinado momento, elas soltam as mãos e se abraçam, de dois em dois, dentro de suas filas.
Faixa “Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”
O grupo ficará dividido em 4 filas. As crianças usarão roupas diferentes: terno, roupa simples, de retirante, roupa social, índio, trapos (mendigo), nordestino, sulista. E se alternarão nas filas. Ou seja, em cada fila haverá crianças com roupas diferentes, de mãos dadas.

domingo, 9 de junho de 2013

Dramatização para a Festa Junina

Óia a onça
Narrador - Eu vô contá procês um causo que aconteceu lá na minha terra. Toinho era um menino que adorava contá mentira. Toda vez que tinha oportunidade ele gostava de pregá peças nos outros.
Toinho - (Para uma moça que colocava roupa no varal) Moça! Moça! Tá vindo uma tempestade arretada. Já tá tudo escuro pras bandas de lá.
Moça - (Tira a roupa rapidamente) Vixe, minha nossa senhora! Agradecida menino.
(Toinho vai embora rindo e encontra algumas crianças brincando de roda - podem cantar uma ou duas cantigas de roda, enquanto são observadas pelo menino.)
Toinho – Gente, cuidado, tá vindo um monte de abeia nessa direção. (Crianças correm e se escondem, Toinho sai rindo)
Criança 1 – Ué, cadê as abeia?
Criança 2 – Num tem nadica de nada.
Criança 3 – O Toinho tá mangando de nóis.
Criança 1 – Que coisa feia!
Criança 2 – Ele inda vai se dá mal.
Narrador – Mas Toinho só queria se diverti. E como ele se divertia pregando peças nos outros! Um dia teve um grande piquenique perto do rio. Todos foram brincá e aproveitá o dia.
Toinho – Vou pregá uma peça daquelas nesse mundaréu de gente.
Narrador – Enquanto todos aproveitavam o dia, Toinho nadou bem pro meio do lago.
Toinho – Socorro! Tô me arfogando. Acudam eu, acudam eu!
Mãe – Ai, meu fio tá se arfogando. Acudam!
(Várias pessoas correm e tiram Toinho do lago. Ele começa a rir e vai embora.)
Mãe – Esse menino num tem jeito! Que vergonha!
Pessoa 1 – Era tudinho mentira. Agora nóis tá moiado.
Pessoa 2 – Êta moleque arretado.
Narrador – Um dia, brincando no quintar de casa, Toinho leva um baita susto.
(Toinho brincando dá de cara com uma onça e fica muito assustado)
Toinho – Ai, Padim Ciço, é uma onça! Mainha, socorro é uma onça!
Mãe – (Dentro de casa arrumando a cozinha) Lá vem esse menino com história de novo. (Grita para Toinho) Num tem nada fio, é só sua imaginação!
Toinho – (Corre até onde tá o pai) Painho tem uma onça no quintar.
Pai – Deixa de lorota, menino. Seu pai precisa trabaiá.
Toinho - (Desesperado começa a gritar) Óia a onça! Óia a onça! (As pessoas passam e nem ligam pra ele. E Toinho corre com a onça atrás dele.)
Toinho – Socorro! Socorro!
Narrador – E foi assim que o menino Toinho aprendeu a lição. Desse dia em diante nunca mais contou nenhuma mentira.

domingo, 19 de maio de 2013

Oficina de Clown

Vagas limitadas! Inscrições na academia Equilibrium ou pelo blog, com pagamento através do PagSeguro e ficha de inscrição enviada pelo e-mail.
90,00
O clown (palhaço em inglês) é diferente dos palhaços que vemos nos circos. Trabalhando com a linguagem gestual (mímica), atividades lúdicas e expressivas, propomos desenvolver a espontaneidade nas crianças, além de todos os benefícios que o teatro traz, tais como:
consciência corporal, raciocínio, criatividade, autoestima, concentração, imaginação, cooperação
*Haverá uma apresentação, ao término da oficina, aberta aos pais ou responsáveis. Não será necessário comprar ou confeccionar nenhum tipo de roupa e nem haverá qualquer taxa adicional.
*Devido aos ensaios para a apresentação e as vagas limitadas, por causa do espaço da academia, não aceitaremos inscrições após o primeiro dia de aula.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Mais uma oficina para educadores

Já estão abertas as inscrições para a oficina Criando com Artes na Educação Infantil. Será mais um momento para os professores se atualizarem e levarem as Artes visuais para os pequenos de uma forma estimulante e criativa.
A oficina será no dia 01 de junho, às 9.30h na Creche Favinho e Mel, em Botafogo. Maiores informações pelo telefone 2537-8189.

domingo, 5 de maio de 2013

Maria Clara Machado

Maria Clara Machado foi escritora, professora, atriz, diretora e dramaturga brasileira. Escreveu inúmeras peças infantis, entre elas: O fantasminha Pluft, O rapto das cebolinhas, O cavalinho azul, A bruxinha que era boa, Maroquinhas Fru-fru.
"O objetivo do ensino deveria ser formar gente para viver num determinado lugar e não formar diplomados ignorantes de seus próprios problemas adormecidos por erudição não digerida."
Foi fundadora do grupo de teatro Tablado. Ela nos deixou no dia 30 de abril de 2001, aos 80 anos de idade.
"A espontaneidade aumenta à medida que a criança penetra mais no tema através de repetições e consegue enriquecê-la com novas falas, gestos e marcações e até situações e coisas."
Um excelente material para o professor de teatro é o livro 100 Jogos Dramáticos de sua autoria junto com Marta Rosman.
Os exercícios a seguir foram retirados desse livro.
A partida de pingue-pongue
Duas pessoas jogam pingue-pongue. Uma começa a ganhar. A outra vai se irritando. A que está perdendo, perde também a cabeça e avança para cima da outra com a raquete. O ganhador foge amedrontado e leva uma raquetada na cabeça, caindo desmaiado. Arrependido o perdedor tenta acordar o companheiro. Reconciliação. Recomeçam o jogo com melhor espírito.
O bolo
Um bolo de aniversário está escondido no armário. Dois meninos, proibidos de provar o bolo não resistem e aproveitam que estão sozinhos para dar uma provadinha. Sentimentos: receio de serem descobertos e gula. Abrem o armário e começam a comer o bolo. De repente ouvem barulhos de passos. Apavorados se escondem. Quando são descobertos fazem cara de dissimulação.
O fantasma
Num quarto escuro, meninos brincando de fantasmas. No meio da brincadeira ouve-se um barulho vindo de fora. O medo torna-se real. Se escondem. Entra um ladrão e começa a roubar. Os meninos observam e resolvem gozar o ladrão - fazem barulho de fantasma e ele foge.
A recordação
Uma velha casa com uma cadeira ao centro. Ali viveu uma pessoa muito querida. O personagem chega depois de 10 anos de ausência e, ao ver a cadeira, começa a recordar e a sentir saudades - mostrando sentimentos alegres e tristes, que as lembranças do passado lhe trazem.

domingo, 31 de março de 2013

O presente da mamãe

Autoria: Alessandra Mourão
Criança 1 – O dia da Mães está chegando...
Criança 2 – O que vamos dar de presente para a mamãe?
Criança 3 – Já sei!! Vamos fazer uns doces!! blockquote> Entra um grupo de crianças como doceiros, com colher de pau, avental. Dançam e dramatizam como se estivessem fazendo doces. Uma criança com uma bandeja serve brigadeiros às mães que assistem. Após a música o grupo sai e as crianças continuam conversando.
Criança 2 – A mamãe não vai gostar, ela só vive de regime.
Criança 3 – Vamos dar uma roupa, então.
Criança 1 – Que tal um biquini?
Entra outro grupo com trajes de banho, óculos escuros, bola, canga.
Criança 1 – A mamãe já tem muita roupa!
Criança 3 – É mesmo...
Criança 2 – Vamos fazer uma pintura!
Entra o terceiro grupo caracterizados de pintores, com telas, pincéis, tintas. Podem entrar algumas crianças de gaivota ou distribuir gaivotas e barquinhos de papel para quem assiste.
Criança 3 – A gente já faz desenho e pintura o ano todo!
Criança 2 – A minha mãe diz que quer ser feliz.
Criança 1 – Mas onde mora essa tal felicidade?
As três crianças fazem uma roda e dançam. No meio da música chamam as outras, reunindo todos que já entraram.
Narrador: Todo ano é a mesma coisa: o que vamos dar para a mamãe? Nós pensamos muito e chegamos à conclusão de que o mais importante é ter os filhos sempre por perto.
Mãe que tem a coragem de procurar, ir atrás, mesmo quando assustada. É capaz de recomeçar quantas vezes forem necessárias. Dá o passo exato no momento preciso e prepara os filhos para darem outros passos posteriormente.
Mãe, que tua alegria possa ser a certeza de que deste o melhor, direcionando teu filho no caminho do bem. Os filhos alegres, com saúde, brincalhões, esse é o maior de todos os presentes.
E é por isso que esses filhinhos estão aqui hoje, para poder te homenagear nesse dia tão feliz.
Todos cantam a música final.

sábado, 16 de março de 2013

Mais uma oficina Criandartes

Hoje aconteceu mais uma oficina Criandartes - Criando com Arte na Educação Infantil. Os profissionais presentes conheceram diferentes técnicas, apreciaram trabalhos feitos por crianças e, é claro, colocaram a mão na massa, ou melhor, nas tintas, pincéis, tesoura, cola e outros materiais.
Foram produzidos lindos trabalhos, trocamos ideias e mexemos com a imaginação e a criatividade, tão importantes em tudo o que fazemos.
Mais fotos no Facebook

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Criando com arte na Educação Infantil

"Precisamos levar a arte que hoje está circunscrita a um mundo socialmente limitado a se expandir, tornando-se patrimônio da maioria e elevando o nível de qualidade de vida da população." Ana Mae Barbosa
Compre pela internet de forma fácil e segura, utilizando o seu cartão de crédito, débito ou através de boleto bancário. Quem já fez alguma oficina Criandartes tem desconto nessa.
Valor para pagamento até 11/3 - 40,00
Após essa data - 50,00
Logotipos de meios de pagamento do PagSeguro
Para pagamento através de depósito bancário, favor entrar em contato por e-mail.
Arte não é colorir desenhos prontos
Hoje em dia é de suma importância que o profissional de educação se atualize e se aperfeiçoe. Os alunos não aceitam mais a educação tradicional e, quem não muda, só tem a oferecer aulas cansativas.
Artes visuais deixa muito a desejar na escola, principalmente na Educação Infantil. Infelizmente ainda vemos por aí professores que oferecem desenhos prontos para a criança colorir dizendo que é aula de artes. Trabalho esse que pouco vem a acrescentar na formação integral do educando, pois limitam a criatividade.
Por outro lado vemos que o brasileiro não tem o hábito de visitar museus e exposições, cabendo a escola apresentar artistas e obras à criança. Através de releituras, interferências, o fazer artístico e exposições dos alunos, vamos nos familiarizando cada vez mais com essa área, além de desenvolver uma nova forma de expressão, onde a criança pode liberar seus medos, desejos, frustrações, sempre trabalhando com prazer.
A oficina Criando com Arte na Educação Infantil tem como objetivo principal aproximar o professor desse meio através de algumas importantes reflexões e apresentar técnicas diferentes e inovadoras para enriquecer cada vez mais as aulas, proporcionando crescimento cultural e pessoal. Devido a isso teremos trocas e discussões entre os presentes, sem deixar de lado a tão gratificante parte prática.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Teatro com os pés

Pelegrino & Petrônio
Ziraldo
Era uma vez um pé que se chamava Pelegrino. Seu sonho era ser bailarino.
Ele era o rei da ponta! Chegou a estudar francês, não para ser de bon ton, mas para fazer o glissé e mais o pas de bourrée avec toute la perfection.
Pelegrino se soltava no espaço, todo leve. O seu sonho era dançar como dançou Nureiev.
Ou - está bem! - como Travolta (no tempo em que ele dançava). E Pelegrino, acordado, sonhava. E como sonhava!
Era uma vez um outro pé que se chamava Petrônio. Também era um sonhador: queria ser um craque, ser um rei do futebol na defesa e no ataque.
Ele era sensacional, talentoso, jeitosinho... Sabia bater na bola (mas batia com carinho). Sabia brincar com ela - sua velha camarada. Dava passes de trivela e arrasava na embaixada.
Tudo bem... dois sonhadores. Mas vejam o que é o destino: o Pelegrino era irmão do Petrônio!
Acontece que os pés são assim: só nascem aos pares, de fato. (Que nem sapato.) E agora? Como é que ia ser? Um Pelegrino pensando permanentemente em passos, em palmas, pulos e pássaros, em pouso, paz e aplausos.
E um Petrônio preocupado com a perfeição dos passes, a ponta, o pique, a pelota, a pontaria... e o gol!
E não tem choro nem vela: pés são um par. Como irmão siameses, que não dá pra separar. Mas muitas cabeças - dos dedos! - pensam melhor, ora pois. Ideia que vale por duas vale melhor para dois!
Depois de muita conversa - irmão não briga com irmão, o Pelegrino e o Petrônio encontraram a solução.
E os dois foram trabalhar - vejam a vida como é - nas chuteiras de um craque tão bom quanto foi Pelé.
Foi lindo o seu gol, Petrônio!
Adorei sua performance, Pelegrino!